A Umbanda é uma religião cujo princípio é a caridade. Pois bem. Vê-se, nos Centros de Umbanda, diversas pessoas que saem semanalmente de suas casas e deixam seus afazeres rotineiros para se doarem e ajudarem outras pessoas que necessitam. É óbvio, no entanto, que pelo fato de sermos todos humanos, somos imperfeitos. Por mais que a nossa causa seja nobre, colocá-la em prática nem sempre é tarefa fácil. Quem nunca se deparou criticando um irmão, reclamando das regras de seu Terreiro ou questionando o comportamento de um dos filhos da Casa, isso quando não se questiona até mesmo uma Entidade... não somos perfeitos. Trazemos conosco as mazelas de nossa vida terrena, preconceitos e idéias pré-concebidas que acumulamos no decorrer dos anos. O que não podemos, é deixar que essas pequenezas corroam a nossa mente e a nossa alma a ponto de atrapalhar o nosso desenvolvimento espiritual. Defeitos todos têm. Isso é fato. Respeitar as diferenças e entender que nossos irmãos, assim como nós, são sujeitos a vicissitudes, é o que podemos chamar de “a chave para o crescimento”.
A partir do momento que nos dispomos a trabalhar num Terreiro de Umbanda, devemos estar cientes de que toda Casa tem suas regras e organização próprias. Para vivermos bem em sociedade, respeitar essas regras é primordial, assim como é primordial o respeito que devemos ter para com os dirigentes da organização à qual nos dedicamos. Na verdade, o respeito a qualquer membro da Casa ou do Terreiro em que se trabalhe é essencial, já que, além da experiência de vida que cada um tem e que não deve ser desprezada, todos ali deixam de lado momentos de vida particular para se dedicarem ao próximo, buscando a sua evolução.
Assim, cada vez que, ao invés de expormos nossas idéias abertamente, com uma justa e clara argumentação, apontamos o dedo para algo que nos desagrada de maneira sorrateira, por meio de fofocas ou mensagens indiretas, estamos nos distanciando do nosso objetivo. Cada vez que criticamos a atitude de alguém que está, da melhor maneira possível, tentando realizar o seu trabalho, nos distanciamos do nosso próprio trabalho e crescimento. Cada vez que buscamos os louros e louvores por alguma boa atitude, nos esquecemos que as boas atitudes nada mais são do que uma obrigação, já que é através delas que melhoramos a nós mesmos.
A vivência na Umbanda não se resume em incorporar entidades, em aplicar passes ou em trabalhar das mais diversas maneiras num Terreiro. A vivência na Umbanda implica em um comprometimento pessoal de doação, de respeito e de fraternidade. A Umbanda é uma religião que diariamente nos cobra a atitude de “amar ao próximo como a si mesmo, e a Deus sobre todas as coisas”.
AUTOR: Erica Camarotto
Trabalhar na Umbanda é Sinônimo de Fazer o Bem
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Núcleo de Doutrina Umbandista Luz do Oriente
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
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